Por: Anna Fernandesanna@diariopopular.com.br
Em meio ao cerco ao casarão de sua família, Bibiana Terra Cambará relembrará a história de seus ancestrais a partir desta segunda-feira (26). Às 6h, Pelotas será O tempo e o vento de Erico Verissimo. E assim permanecerá pelos próximos dias com as filmagens na Charqueada da Costa do longa do diretor Jayme Monjardim, que escolheu o olhar da matriarca para levar ao cinema uma das maiores obras brasileiras.
O diretor diz que O tempo e o vento certamente está dentre as três principais obras brasileiras. Ele salienta que o filme é a visão dele, livremente inspirada no texto de Erico Verissimo e deixa claro que alguns momentos dos livros estarão lá e outros talvez sejam diferentes. Depois de dez anos, Monjardim retorna ao município. Em 2002 ele esteve na Charqueada São João, onde neste domingo foi rezada Missa Campal, para gravar a minissérie A casa das sete mulheres, adaptação da obra da gaúcha Letícia Wierzchowski que também é roteirista do filme a ser lançado no circuito nacional no próximo ano. Sobre Pelotas, Monjardim disse que a cidade cresceu.
Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Eduardo Macluf, Pelotas está ganhando uma ótima oportunidade de divulgar a beleza da arquitetura e cultura.
Missa
Durante a Missa Campal para abençoar o início das gravações, curiosos procuraram um espaço no lado oposto da margem do arroio Pelotas para tentar enxergar os atores Fernanda Montenegro, que será Bibiana, e Thiago Lacerda, o capitão Rodrigo. Nem todo o elenco passará por Pelotas onde serão realizadas as imagens no interior do Sobrado de Bibiana. Ao todo serão mais de 20 locações entre Bagé, onde foi construída a cidade fictícia Santa Fé, Aceguá, Herval, Pinheiro Machado, São José dos Ausentes e Paulínia, esta última em São Paulo.
Fernanda Montenegro já esteve em Pelotas diversas vezes, inclusive ela contou que sempre que vai até Porto Alegre tenta esticar a viagem até o município e retornar com os tradicionais doces pelotenses na bagagem. Ela também lembrou que já esteve nos dois teatros que a cidade possui, inclusive em uma das tantas restaurações do Sete de Abril. E disse que o local é um patrimônio que precisa ser salvo e ter os olhos do município e do governo federal.
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